Desde o começo da Copa, o time do Brasil não nos ofereceu nenhum banquete, um queijo derretido aqui, um camarão ali e fomos tapeando o estômago e avançando até as semifinais. Foi quando o chucrute azedou. A falta de Neymar e do capitão Thiago Silva afetou muito mais no aspecto emocional do que técnico e tático.
Há dias em que NADA dá certo e a gente volta pra casa pensando que teria sido melhor nem ter acordado. Em momento algum a seleção brasileira foi um time no dia de hoje. Teria se saído muito melhor o Ituano, campeão paulista de 2014, time sem estrelas, mas em que cada um sabia exatamente o que fazer. Hoje, ao contrário, a pane foi geral, faltou ingrediente, faltou um chef, faltou garçom e a conta veio salgadíssima.
Quando isso acontece, a tendência geral é criticar, soltar o verbo e fazer algo que (ao menos isso) nossos jogadores não fizeram: perder a cabeça. E teria sido fácil dar um pontapé. Penso que críticas são necessárias, mas nesse momento, buscar culpados não vai ajudar. Vivemos um momento cheio de linchamentos morais (e reais) e certamente esse não é o melhor caminho.
A Alemanha, que já tomou de oito em Copa do Mundo, tem um time melhor que o do Brasil, que não se tornou o pior time do mundo pela derrota de hoje. Opiniões generalizadoras são tolices. futebol é isso, imprevisível, imponderável, surpreendente…
O jeito é tomar um sal de frutas e esperar a indigestão passar. Amanhão será outro dia!
Serviço de Utilidade Pública: todos que disseram em algum momento algo como “a Copa está comprada” já podem dar entrada na papelada para inclusão de TROUXA no sobrenome.
Só uma correção.
A Alemanha jamais perdeu de 8. Ao contrário, ganhou de 8 x 0, da Arábia Saudita, em 2002.
Grato.
Claudio,
em 1954 a Alemanha perdeu da Hungria por 8 x 3, time que venceria posteiormente na final do mesmo torneio.
abraço, Ricardo Roca